30/06/2010

Fariseu, eu?

Que bom saber que ainda se pregam mensagens que visam a glória de Deus e não a glória de homens!


Ministério é para o serviço e não ser visto!


É impressionante o número de cristãos, pelo menos é como se intitulam, que não tem a menor idéia do que está fazendo nos ministérios dentro das igrejas e qual o propósito de fazer parte de um. E isso em todos eles, seja na diaconia, presbitério, zeladoria, levitas, pastores, e por ai vai a gama de minsitérios que se tem hoje em dia. Hoje existe uma cobiça desenfreada por estar dentro de um ministério na igreja. Não há nenhum problema em querer fazer parte de um, na verdade é uma benção na vida do crente, mas isso quando se tem no coração o real desejo de servir a congregração e ao próximo.

Tenho o privilégio de estar em uma igreja de jovens, mas lá o problema é o mesmo. Muitos fazem de tudo para fazer parte de um ministério, mas muitas vezes a motivação do coração está bem longe do "serviço" e muita próxima do "ser visto". Tenho convicção que esta motivação equívocada, tem a mão do inimigo, mas existe uma parcela de caráter distorcido.

Pior ainda, quando o "crente" entende que o ministério ao qual o mesmo faz parte, é mais importante que o ministério do outro irmão, esquecendo desta forma a visão de corpo que aprendemos nas escrituras. No que se refere a unidade, é comum ver pessoas que fazem parte do mesmo ministério até, discordando entre si das formas em que se serve na casa do Senhor, de como um se veste, de como faz isso ou aquilo etc. Vale lembrar que unidade não é fazer tudo igual, mas sim ter o mesmo alvo, sobretudo Jesus.

Outra aspecto ruim, é quando usamos do ministério que o Senhor nos confiou, para algum proveito ou vantagem particular, onde acabamos sendo manipuladores. Precisamos voltar ao evangelho puro e simples, nos arrepender verdadeiramente por estas práticas distorcidas, pois somente desta forma poderemos servir ao Senhor com humildade e excelência, que é como o Ele deve ser servido. Não ao "ser visto" e sim ao "serviço" para a glória de Deus.

Glória pois a Ele.

Deus abençoe.

por Maurício Arruda

23/06/2010

A alegria no Senhor



Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.

Salmos 51:12

Percalços são comuns neste mundo. Temos dores de tudo quanto é tipo. De cabeça, nas costas, nas mãos e por vai. Isto sem falar das dores da alma e do espírito, bem piores neste caso.

A palavra de Deus diz que muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas Sl 34:19. Mas o Senhor é fiel quando clamamos. Ele nos ouve e traz o renovo, o refrigério, o recomeço e enfim a Paz que vem do alto, aquela que excede todo entendimento, a começar pelo nosso.

Mais do que isso o salmista nos ensina neste verso que quando nos encontramos abatidos, devemos clamar ao Senhor para que Ele traga novamente a alegria da salvação, pois por mais que tenhamos aflições, nada se compara com a salvação que temos através de Jesus.

Aprendi na prática que o Senhor nos livra na situação e não da situação, mas o mais importante nisso tudo, é saber que o zelo do Senhor com a sua palavra e com os seus filhos, é a mesmo a cada dia e que Ele é poderoso para nos alegrar novamente pela sua graça.

Não sei qual tem sido o seu problema, mas se alegre no Senhor. Clame, porque Dele e por Ele são todas as coisas, a saber esta situação que você se encontra. Louvado seja Deus por sua fidelidade.

Deus te abençoe.

Nele, o Deus zeloso, que disse Eu sou, não Eu fui.

por Maurício Arruda

07/06/2010

Qual é o meu lugar no texto?

 

Passamos tanto tempo aprendendo como podemos nos aprofundar no texto bíblico, estudamos as línguas originais, grego e hebraico, aprendemos a fazer exegese, compramos livros de chaves bíblicas, interlineares, lexos, analíticos e compêndios de teologia sistematizada.

Isso é muito importante, mas tão importante quanto, é sabermos voltar para a superfície. Voltar para o aqui e agora com o texto, com o que aprendemos na essência da mensagem.

E se errarmos nesse caminho de volta, não adiantou nada o quão profundo formos na revelação de Deus, se tornará inútil se não conseguirmos trazer a tona o sentido do texto para o dia de hoje, para o nosso coração.

Uma das coisas que já fazemos automaticamente e, por isso erramos muitas vezes, é o paralelo nosso com os personagens do texto.

Sempre nos colocamos em uns personagens bíblicos sem pensar que podemos ser o outro, deixando de entender a mensagem de Deus para a gente.

Costumo me colocar sempre no lugar dos discípulos de Jesus, mas tenho percebido que me aproximo do mestre muito mais como um fariseu ou um mestre da lei.

Tenho visto que o fato de ter estudado teologia, de ser de igreja desde criança, me aproximo da religião, das pregações e até da bíblia como uma pessoa que conhece do assunto, como alguém que sabe o que quer ouvir e, isso tem muito mais paralelo com os fariseus do que com os discípulos ou publicanos.

Estou começando a reler os evangelhos com uma nova ótica, onde eu sempre apareço no texto no lugar dos fariseus.

O texto é o mesmo, mas é tudo novo para mim. Não é o mesmo texto que tenho lido desde criança, é algo novo. Não tenho conhecido um outro Jesus, mas tenho me deparado com um outro Marcos Botelho.

Em cada interferência arrogante dos religiosos vejo uma parte de mim, cada palavra mais ríspida de Jesus aos fariseus, eu sinto diretamente para mim, essa visão faz cada passo das minhas articulações metodológicas e religiosas armarem para colocar o Jesus do texto em um só lugar, na cruz.

Tão importante quanto entender o texto é saber qual o nosso lugar no texto, isso vai trazer uma nova revelação da palavra, quem sabe você vai se surpreender gritando no fundo do seu eu: crucifica-o, crucifica-o, crucifica-o!

Fonte: Marcos Botelho do J.V

Jesus tem Misericórdia

Marcos 10:47 - E, ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a clamar, e a dizer: Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim.

Bartimeu era cego, mas não era surdo. Ele já tinha ouvido falar de Jesus e de seus poderes. "Quando Bartimeu soube que Jesus de Nazaré estava perto, começou a clamar - Jesus, Filho de Deus, tem misericórdias de mim" (Marcos 10:47).

A vida não é fácil e, muitas vezes, nos parece dura e impiedosa. Olhamos para os lados e não vemos saídas. Olhamos para as pessoas e não vemos ajuda. Não raro, nós nos sentimos como Bartimeu: cegos e mendigos à beira da estrada.

O Senhor é a fonte da misericórdia. Apesar de nossas maldades, Ele nos ajuda com paciência e com carinho. Entretanto, depois de termos vivenciado tantas desilusões e tantas injustiças, passamos a acreditar que nem o Senhor está ligando para nós. A narrativa dos Evangelhos, porém, diz-nos que o Senhor atendeu a todas as pessoas que se dirigiram a Ele, chamando por misericórdia.

No caso de Bartimeu, mesmo quando lhe mandaram calar a boca, ele insistiu e foi ouvido pelo Mestre, que curou a sua cegueira. Ao invés da dar ouvidos ao mundo, no seu esforço de nos desencorajar, insistamos em pedir a ajuda de Jesus Cristo. Ele sempre tem misericórdia.

Fonte: Pr. Olavo Feijó

05/06/2010

Olhos abertos !!! Deus se revela em tudo o que você vê

Considerando a natureza, surgiu-me a idéia de que Deus faz uso das maravilhas naturais para nos revelar não apenas o seu poder mas especialmente o seu amor. Sentir o calor do sol, a doçura de uma fruta, a textura suave de uma pétala ou escutar o canto de um pássaro, mais do que demonstrar o dispêndio de tempo, energia e inventividade do Criador, são evidências de que ele se importa com o nosso bem-estar e deseja que tenhamos prazer em viver.

A suma importância dada ao homem — certamente, o ápice da criação —, no entanto, está no fato de Deus partilhar com ele o seu amor por meio da pessoa de Jesus Cristo. A propósito da vinda do Mestre a este mundo, ela pode ser resumida no intuito do Pai de levar seus filhos a conhecer o seu amor em profundidade.

E Jesus não é apenas o mediador entre Deus e os homens, mas a própria “imagem do Deus invisível”, como afirmado no primeiro capítulo de Colossenses (v. 15), capaz de instaurar a paz entre o Criador e a criação, reconciliando com ele todas as coisas por meio do seu sangue (v. 20).

Por isso, da próxima vez que experimentar o contato com a natureza, atente para o amor de Deus que lhe está sendo demonstrado por meio dela, creia no nome do Senhor Jesus e harmonize-se com o Criador e o amor que ele tem para lhe dispensar.

Fique na paz,

Ap. Rina

04/06/2010

Se Deus não é soberano, não há evangelho - Por John Piper

Graça


Texto: Ricardo Gondim


Ainda há pouco, ao reler o admirável Sermão do Monte, percebi como a graça esteve presente nos princípios expostos por Jesus. Mesmo reconhecendo que a graça foi exaustivamente estudada e definida pela teologia, é preciso redescobri-la nos lábios do Nazareno. Os favores imerecidos de Deus não podem ficar circunscritos às codificações teológicas. Naquele relvado, na encosta de um morro qualquer, Cristo falou de assuntos diversos, mas não se esqueceu de explicitar que Deus se relaciona com seus filhos diferente de todas as divindades conhecidas. Após séculos de argumentação sobre os significados da graça, os cristãos precisam despertar para ao fato de que ela é o chão da espiritualidade cristã.

Um neopaganismo levedou a fé de tal forma que muitos transformaram a oração em uma simples fórmula para canalizar e receber os favores divinos. Para obter resposta às petições, implora-se, pena-se, insiste-se, no aguardo de que Deus escute. Quando não se recebe, justifica-se assumindo culpas irreais, como falta de disciplina. Acha-se que é necessário continuar implorando para Deus se sensibilizar. Mede-se a espiritualidade pelo número de respostas aos seus pedidos e, quando malsucedidos, castiga-se por não merecer. A própria linguagem denuncia romeiros católicos e evangélicos, que lotam os espaços religiosos: é preciso “alcançar uma graça”.

Graça liberta do imperativo de dar certo. O Sermão da Montanha começa felicitando pobres em espírito, chorosos, mansos e perseguidos. Os triunfantes não podem se gloriar de serem mais privilegiados do que os malogrados. Graça revela um Deus teimosamente insistindo em permanecer do lado de quem não conseguiu triunfar; até porque a companhia de Deus não significa automática reversão das adversidades.

Graça permite o autoexame, a análise das motivações mais secretas da alma, sem medo. Na série de afirmações sobre ódio, adultério, divórcio e vingança, Cristo deixou claro que ninguém pode se vangloriar quando desce às profundezas do coração. No nível das intenções, todos são carentes. O olhar sutil indica adultério. O ódio despistado revela homicidas em potencial. A vingança disfarçada contamina as ações superficiais. Lá onde brotam as fontes das decisões, tudo é confuso; vícios e virtudes se confundem. Somente com a certeza de que não haverá rejeição é possível confrontar os intentos do coração para ser íntegro.

Graça convida a amar. Jesus afirmou que Deus “faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos”. Para revelar sua bondade, Deus não precisou ser convencido a querer bem. Deus não faz acepção de pessoas; o seu amor não está condicionado a méritos. Quando as pessoas são inspiradas por gratidão, reconhecimento e admiração por tão grande amor, se sentem impulsionadas a imitá-lo. Deus surpreende por dispensar bondade sem contrapartida de virtude. Assim, na improbabilidade de os seres humanos se mostrarem graciosos, os discípulos devem almejar a única virtude que pode torná-los perfeitos como Deus -- o amor.

Graça é convicção de que o acesso a Deus não depende de competência. Quem acredita que será aceito pelo tom de voz piedoso ou pela insistência em repetir preces nega a paternidade divina. Antes de pedirmos qualquer coisa, Deus já estava voltado para nós. Os exercícios espirituais não precisam ser dominados como uma técnica, mas desenvolvidos como uma intimidade. O secreto do quarto fechado representa um convite à solitude, à tranquilidade que não acontece com sofreguidão.

Graça libera energia espiritual que pode ser dirigida ao próximo. Buscar o reino de Deus e sua justiça só é possível porque não é preciso preocupar-se com o que comer e vestir e por jamais ter de bater na porta do sagrado para conquistar benefícios particulares. Basta atentar para os lírios do campo e pardais para perceber que as ambições devem escapar à mesquinhez de passar a vida administrando o dia-a-dia.

Graça devolve leveza para que os filhos de Deus sintam-se à vontade em sua presença, como meninos na casa dos avós. Graça libera as pessoas para se tornarem amigas de Deus, em vez de vê-lo como um adestrador inclemente. Graça não permite delírios narcisistas. Nenhuma soberba se sustenta diante da percepção de que Deus aposta na humanidade e ainda se convida a cear entre amigos.

Graça distensiona o culto porque avisa: tudo o que precisava acontecer para reconciliar a humanidade com Deus foi concluído: “Consumatum est”. Portanto, enquanto a graça não for redescoberta de fato como a mais preciosa verdade da fé, as pessoas podem até afirmar que foram livres, mas continuarão presas à lógica religiosa das compensações. Devedores, jamais entenderão que o reino de Deus é alegria. A graça liquida com pendências legais. Não restam alegações a serem lançadas em rosto -- “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus?”.

A religiosidade legalista insiste que é perigoso falar excessivamente sobre a graça. Anteparos seriam então necessários para proteger as pessoas da liberdade que a graça gera. Mas o amor que tudo crê, tudo espera e tudo suporta não aceita outro tipo de relacionamento senão abrindo espaço para que haja amadurecimento. Deus ama assim, e o Sermão da Montanha não deixa dúvidas de que todo discurso sobre o reino de Deus deve começar com graça.