05/07/2011

A hora que o crente mais mente é quando canta!

Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mateus 15:8


Por Maurício Arruda

O título da postagem talvez seja duro para alguns menos para outros, mas este é o cenário que normalmente vemos dentro e fora das igrejas, na conduta dos ditos "cristãos", "crentes", "vasos" e outras definições da gíria gospel atual. Infelizmente o percentual é assustador visto o comportamento e a conduta dos que deveriam no mínimo ser íntegros, uma vez que se apresentam como seguidores de Jesus. Não falo aqui de uma conduta politicamente correta e sem erros, sem pecados, seria impossível, contudo, o cristão de hoje já não encara mais sua espiritualidade desta forma.

O problema não se resume apenas a membros ou frequentadores da igreja. A distorção já vem do púlpito, dos que foram chamados por Deus e tem a responsabilidade de conduzir a igreja a uma adoração genuina, transparente e sincera, mas muitos destes ministros estão equívocados, vivendo uma farsa, corrompidos ou talvez nunca tiveram um encontro real com Deus. Cantam meramente para serem vistos, preocupados muito mais com suas vaidades, performaces, solos, mega-estruturas de eventos, etc e o que importa de verdade, ocupa um segundo plano. Me refiro a vida devocional, a santidade (não vai pensar que é só sexo hein mané), presença nos cultos não só para cumprir agenda de ministério, leitura das Escrituras, oração, evangelismo e vivência segundo o que Evangelho tem como parâmetros para uma vida cristã.

Estes, já não vestem mais a camisa do amor ao próximo, à causa do evangelho, à glorificação do nome de Jesus. Desejam apenas os holofotes da igreja e a glória para si de homens que também estão distantes da verdade.

Filhos dos homens, até quando convertereis a minha glória em infâmia? Até quando amareis a vaidade e buscareis a mentira?  Salmos 4:2



Então surgem algumas perguntas entre tantas:
- Por quê levantamos nossas mãos quando ouvimos um louvor/canção se não passam de palavras momentâneas que trazem um bom sentimento? Mas mudança de caráter mesmo, nenhuma!
- Por quê lágrimas caem dos olhos se a causa do próximo não me importa? Mesmo que este próximo seja alguém muito perto de mim?
- Para que pular e gritar no momento em que a igreja está adorando a Deus com canções se o pecado está me esperando na porta da igreja? E isso nem preocupa, lá fora ninguém me conhece, ninguém está vendo! Será?
- Para que bancar o espiritual, saber cantar um monte de canções que adoram a Deus se faço isso apenas no culto ou quando ouço algum louvor "que eu gosto" é claro, senão nem canto? Mas minha vida com Deus mesmo, não passa disso.
- Por quê dar a mão para o irmão (ã) que está ao lado num ato de comunhão se na verdade quando ele virar as costas vou falar da vida dele para 2 ou 3? Mas isso é fofoquinha gospel, então pode...

- Para que ir nas reuniões sejam estas cultos ou de ministério, se na verdade o que desejo mesmo que acabem o mais rápido possível para poder sair com o amigos e namorado (a) para alguma "comunhão"? Comunhão com Deus de verdade, nem pensar!


A canções que são expressões de adoração na boca de quem não vive o que canta não agrada o coração de Deus. Pode até causar boa impressão para os que estão à volta e para si mesmo, mas não ao Senhor. Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído; Isaías 29:13. Sou mesmo um adorador ou me incluo mais no título desta postagem?

Se nossos cânticos não são ações que adoram a Deus, esta atitude é vã e não passa de música, e diga-se de passagem, mentirosa. Logo, concluímos que adoração é um estilo de vida, é o modo como conduzimos nossas vidas dentro e fora da igreja. O que proferimos quando cantamos está diretamente associado ao modo "como vivemos". Precisamos ofertar a Deus uma adoração de qualidade, não importa onde e sim como adoramos. Em João 4:24  lemos: "Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." Outro aspecto que deve ser observado é que o louvor é da boca pra fora, como fazemos quando cantamos e, a adoração é da boca pra dentro, é a forma de viver.

Portanto, é hora de refletir, voltar a essência verdadeira que é Jesus, glorificá-lo através da conduta a qual vivemos, buscar viver em santidade a todo custo através do Espírito Santo. Daí sim o louvor será o resultado da forma em que vivemos de forma verbalizada, um presente para Deus que certamente pode e deve ser cantado.

No mais, tudo na Santa Paz.

Deus abençoe.

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